OPERAÇÕES ESPECIAIS CANADIANAS GARANTEM SEGURANÇA DA SUA EMBAIXADA NA CAPITAL DO HAITI


Port-au-Prince, Haiti
28 de Março de 2024

Militares da "Joint Task Force 2" (JTF 2), unidade de operações especiais das Forças Armadas do Canadá, em protecção de alta-visibilidade e projecção de força junto à Embaixada do Canadá em Port-au-Prince, capital do Haiti, a 28 de Março de 2024. A Embaixada dista cerca de 5 km a Sul do Aeroporto Internacional Toussaint Louverture (ICAO: MTPP), estando actualmente a operar apenas com pessoal essencial e encerrada em termos de atendimento presencial (mantendo suporte por canais à distância - via telefone e plataformas de "messaging").

O militar em primeiro plano está armado com espingarda automática Colt Canada MRR, com carregador Magpul de 40 munições, coronha MOE SL-M da Magpul, equipada com mira óptica NightForce ATACR 1-8x24mm (ao topo da mesma com "red dot", para uso a curta distância), com apontador e iluminador laser L3Harris IPIM AN/PEQ-16 e supressor. O militar em segundo plano, mais à esquerda na foto, está armado com espingarda automática SIG MCX, com carregador Magpul de 40 munições, equipada com mira óptica NightForce ATACR 1-8x24mm (ao topo da mesma com SIG Sauer Romeo 4T, "red dot", para uso a curta distância), apontador e iluminador laser L3 Harris ATPIAL LA-5B/PEQ, lanterna táctica Inforce WML e supressor da "Brevis" da Delta P Design.

O Haiti debate-se com acções violentas de grupos armados e com uma situação de profunda instabilidade económica, social e política após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, a 7 de Julho de 2021, e do violento sismo de Agosto de 2021. Entre 1 e 3 de Março de 2024, tiveram lugar motins generalizados e assalto por grupos armados insurrectos às cadeias de Croix des Bouquets e Port-au-Prince (libertando cerca de 4 700 reclusos) e ao Aeroporto Internacional de Port-au-Prince. Os motins e ataques de grupos armados prosseguiram ao longo dos dias seguintes com repetidos ataques ao aeroporto, a esquadras de polícia e outras infra-estruturas nacionais. A 12 de Março de 2024, o Primeiro-Ministro Ariel Henry, entretanto exiliado em Porto-Rico, demitiu-se de funções, assumidas interinamente pelo Ministro das Finanças, Michel Patrick Boisvert. Desde então o país vive um clima de motins e violência alargada e no limiar da guerra-civil.

A "JTF 2" foi fundada em 1993, sediada em Dwyer Hill, em Ottawa, Ontário, tendo estado antes em operações, entre outras geografias, na Bósnia, no Haiti, no Afeganistão e no Iraque. A JTF 2 está integrada no Comando das Forças Canadianas de Operações Especiais ("Canadian Special Operations Forces Command", CANSOFCOM), actualmente liderado pelo Major-General Steve Boivin. Tem por especiais atribuições as acções de protecção a altas figuras do Estado, o combate anti-terrorista, missões de acção directa e de reconhecimento avançado. Altamente protectores da sua identidade e das suas missões, existe muito pouca cobertura mediática das suas acções.

Em Junho de 2017, no Iraque, um atirador especial da JTF 2, abateu um operacional do Estado Islâmico a uma distância de 3 540 metros - naquele que é o record mundial da morte confirmada em combate a maior distância. O disparo foi realizado com uma espingarda McMillan Tac-50, em calibre .50 (12.7×99mm), designada pelas forças canadianas por "C15 Long-Range Sniper Weapon (LRSW)".

Foto por Siffroy Clarens | Agence France Press, AFP






Emblema da "Joint Task Force 2" (JTF 2), Canadá





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