INTERIOR E MUNIÇÕES DE M-109 EM OPERAÇÃO NO LESTE DA UCRÂNIA
Donetsk, Ucrânia
7 de Agosto de 2023Interior de um obus auto-propulsionado M-109 L ao serviço das Forças Armadas da Ucrânia na região de Donetsk, no Leste da Ucrânia, a 7 de Agosto de 2023. O artilheiro ucraniano tem o cotovelo apoiado sobre uma carga de propelente (cilindro de cor preta) e ao lado desta estão os projecteis DA54 de alto-explosivo de fragmentação (com um peso de aproximadamente 45 kg). A carga de alto-explosivo destes projecteis DA54 é de IMX-101, um composto de 43,5% de 2,4-dinitroanisole, 36,8% de nitrotriazolone e 19,7% de nitroguanidina, desenvolvido pela BAE Systems em 2010 e que, mais estável e seguro, veio substituir o TNT.
O M-109 A3, de concepção norte-americana, é uma boca de fogo média de Artilharia de Campanha, autopropulsionada, equipada com uma peça M815 de 155 mm L/39 (podendo armazenar 28 munições), com uma massa total de 25,7 toneladas, um comprimento de 9,1m, uma largura de 3,15m e uma altura de 3,25m. Com 4 tripulantes (comandante, condutor, artilheiro e municiador), é propulsionada por um motor Detroit Diesel 8V71T, de 450 hp, que lhe permite uma velocidade máxima de 56 km/h e um alcance operacional de 350 km. Com uso de munição convencional consegue projectar as mesmas a 21 km e, com recurso a cargas assistidas por foguete pode alcançar os 30 km; com recurso às munições guiadas e de carga assistida M982 "Excalibur" (já referenciadas amiúde neste Teatro de Operações) pode alcançar os 40 km.
Em Maio de 2022 a Noruega procedeu à doação de 22 unidades do M-109 A3 GN às Forças Armadas da Ucrânia, a partir das reservas armazenadas do " Artilleribataljonen" da "Brigade Nord" do Exército da Noruega. Além das unidades "per se", foram também fornecidos conjuntos de peças sobresselentes, munições e acção de formação presencial na Alemanha. A Itália anunciou a entrega à Ucrânia, a partir de Outubro de 2022, de 1 centena de unidades M-109 L (a versão italiana, melhorada, equivalente à A3, com canos 155/39 produzidos localmente pela Oto Melara).
Foto por Viacheslav Ratynskyi | Reuters
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