Submarino "Humaitá" da Marinha do Brasil em exercício de Recolha de Informações, Vigilância e Reconhecimento na Foz do Amazonas


Foz do Amazonas, Pará, Brasil 1 de Novembro de 2025
Treino de missão de Recolha de Informações, Vigilância e Reconhecimento ("Intelligence, Surveillance and Reconnaissance", ISR) do submarino "Humaitá" (S41), da Classe Riachuelo, acompanhado pelos electro-ópticos de um helicóptero SH-16 "Seahawk", ambos da Marinha do Brasil, a 120 milhas náuticas a Nordeste da Foz do Amazonas, georreferenciação 0.662222, -46.829667, a Norte de Belém, Estado do Pará, Brasil, a 1 de Novembro de 2025, no decurso da Operação Atlas.
Sob comando do (OF-5) Capitão-de-Fragata Martim Bezerra de Moraes Júnior, o "Humaitá", largou a 28 de Setembro de 2025 da Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), georreferenciação -22.928374, -43.849984, integrada no Complexo Naval de Itaguaí (PROSUB) no Rio de Janeiro, a cerca de 2 540 milhas náuticas a Sul do local do exercício.
O "Humaitá", construído pela Itaguaí Construções Navais S.A. em parceria tecnológica com a francesa Naval Group, anterior "Direction des Constructions Navales" (DCNS), e ao serviço da classe Riachuelo desde 12 de Janeiro de 2024, desloca 1 870 toneladas (submerso, 2 200 toneladas), com 71,6 metros de comprimento e um boca de 6,2 metros. Alcança uma velocidade de 21 nós, sustentando uma autonomia operacional de 70 dias, até 13 000 milhas náuticas e até 300 metros de profundidade máxima. Está equipado com 6 tubos lançadores de 533mm, podendo transportar até 18 torpedos "pesados" F21. Pode ainda ser armado com até 8 mísseis anti-navio SM39 Exocet e com minas navais.
A Força de Submarinos da Marinha do Brasil, sob actual comando do (OF-7) Contra-Almirante Humberto Melo Carmo, e cujas origens remontam a 1914, é actualmente composta por 4 unidades ao serviço (1 da classe Tupi, 1 da classe Tikuna e 2 da classe Riachuelo - com um terceiro em testes desde 2024), sendo o "Humaitá" a sua unidade mais recente. O Brasil tem actualmente em construção, desde 12 Junho de 2024, o seu primeiro submarino nuclear, "Álvaro Alberto" (SN10), de 6 000 toneladas e 100 metros de comprimento, com lançamento à água previsto para 2028 e entrada ao serviço projectada entre 2032 e 2034.
A Operação Atlas é um exercício conjunto dos três ramos das Forças Armadas Brasileiras, focado na defesa da Amazónia, decorrendo nos Estados de Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Pará e Roraima, com o emprego de meios terrestres, aéreos e fluviais. A sua fase de planeamento integrado iniciou-se a 30 de Junho de 2025 e terá sucessivas sub-operações em curso até 6 de Dezembro de 2025.


Fotos via Marinha do Brasil


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