Força de Operações Especiais do Exército Português desenvolve treino em "kill house" na Roménia


Roménia 
Outubro de 2025

Militares da 2.ª Força Nacional Destacada "Special Operations Land Task Group" Roménia (2FND SOLTG ROU) das Forças Armadas Portuguesas, aprontados pelo Centro de Tropas de Operações Especiais do Exército Português, em exercício de Combate em Ambiente Confinado ("Close-Quarters Combat", CQC), em Outubro de 2025, na Roménia.
Os militares portugueses estão aqui armados com pistolas Glock 17 calibre 9x19mm e com espingardas automáticas Heckler & Koch HK416, em calibre 5.56×45mm NATO, equipadas com mira ópticas "reflex" Trijicon MRO ("Miniature Rifle Optic") e Aimpoint CompM4, apontador iluminador laser Rheinmetall LM-LowProfile, e lanterna táctica.
O exercício decorre naquilo que se designa, no jargão do treino de forças de operações especiais, por uma "kill house" (lit. "casa de matar"), uma estrutura modular que simula interiores confinados de edifícios e seus diferentes obstáculos e fraccionamentos, permitindo treino de entrada, progressão e neutralização de objectivos. Tipicamente inclui câmaras e/ou locais elevados de observação, para avaliação da acção pelos formadores.
O termo "kill house" remonta ao "SAS ["Special Air Service] Killing House" em Hereford, no Reino Unido, construído no início dos anos 1970 após a crise e intervenção em Omã (Rebelião Dofar) e ao aumento das operações anti-terrorismo. Em finais da década de 1970 surge a primeira "kill house" no contexto dos EUA, no âmbito da "Delta Force", em Fort Bragg, pela mão de Charles Alvin Beckwith, que tinha servido como oficial de ligação junto ao SAS nos anos 1960 e que fundou a "Delta" - tendo sido o seu primeiro Comandante.
A 2FND SOLTG ROU, composta por um efectivo de 40 elementos, comandada pelo Tenente-Coronel Eduardo Pedro Ramos Bento e aprontada pelo Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE) de Lamego, foi projectada para o Teatro de Operações da Roménia em Maio de 2025, indo render a 1FND SOLTG ROU que ali operou ao longo dos seis meses anteriores, desde Novembro de 2024.
As Forças Armadas Portuguesas compreendem um comando conjunto para a Célula de Planeamento de Operações Especiais (CPOE), que projecta o "Special Operations Task Group" (SOTG), incorporando a "Special Operations Maritime Task Unit" (SOMTU) e a "Special Operations Land Task Unit" (SOLTU), respectivamente com os especialistas do Destacamento de Acções Especiais (DAE) da Marinha e com a Força de Operações Especiais (FOE) do Exército - as duas forças portuguesas de operações especiais. As designações anglo-saxónicas seguem a terminologia da NATO nos termos do AAP‑06 ("Allied Administrative Publication‑06") / STANAG 3680.
Podemos aqui observar o detalhe, em particular e em plano próximo, no ombro direito de um Major desta 2FND, o emblema PRT ARMY SOF SOLTG / ROU da Força Nacional Destacada de Operações Especiais na Roménia. Parte do símbolo consta a corneta histórica de caçador, remontando às Companhias de Caçadores Especiais (CCE), primeiras forças aprontadas pelo CIOE/CTOE em Lamego aquando da sua criação em 1960 - e que viriam a combater logo no início da Guerra do Ultramar, no Teatro de Operações da Província Ultramarina de Angola, no contexto do Batalhão Eventual (de Caçadores Especiais), comandado pelo Major Rebocho Vaz.



















Vídeo via Exército Português com fotos seleccionadas e editadas por "Espada & Escudo"







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