Lancha "Bojador" da GNR em operação da FRONTEX no Mediterrâneo Ocidental
Espanha, Mar Mediterrâneo
Dezembro de 2025
Lancha de Patrulha Costeira (LPC) "Bojador" (IMO 9881718), número de amura P01, da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da Guarda Nacional Republicana (GNR), a operar a partir do Porto de Almería, na Comunidade Autónoma da Andaluzia, na costa mediterrânica do Sudeste de Espanha, no contexto da operação "Indalo", liderada pela Guardia Civil de Espanha, sob a égide da FRONTEX, a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, Dezembro de 2025.
A "Bojador" foi aqui projectada pela República Portuguesa compreendendo uma força de 14 militares da GNR, com um "National Official" em Madrid, em missão, sob a égide da FRONTEX, de reforço da vigilância marítima transfronteiriça, prevenindo e combatendo ilícitos como o tráfico de droga e de seres humanos, a pesca ilegal e a falsificação de documentos, além de apoiar acções de busca e salvamento. Iniciou esta acção a 7 de Dezembro de 2025 (tendo aportado em Almeria a 6 de Dezembro de 2025, partindo no dia anterior de Portimão) e deverá estar de regresso a Portugal a 21 de Janeiro de 2026.
Adquirida pela República Portuguesa, decorrente do projecto PT/2018/FSI/306 no âmbito do Fundo para a Segurança Interna (FSI) da União Europeia, por 8 485 700 Euros (financiados a dois terços pelo mesmo fundo), respeitando os requisitos técnicos e operacionais da FRONTEX, ao serviço da GNR desde Fevereiro de 2021, a "Bojador" foi construída pelos estaleiros da DAMEN (classe FCS 3307 Patrol), com casco em alumínio, com 35 metros de comprimento e 7 metros de boca, 2,5 metros de calado, de 166 toneladas, 75 metros quadrados de convés à ré, com uma plataforma de 3 motores e 3 hélices, capaz de uma velocidade de 30 nós, com uma autonomia de até 1 700 milhas náutica. Com uma guarnição de 6 elementos, e podendo transportar mais 10 elementos, conta com uma lancha semi-rígida. A designação Bojador refere-se ao cabo homónimo, na costa do Saara Ocidental, ultrapassado pelo navegador português Gil Eanes, em 1434, e um marco histórico da navegação Portuguesa. Esta é uma das 5 dezenas de embarcações da frota da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras da GNR.
"Indalo" é uma figura de origem rupestre (pré-histórica) que se tornou o símbolo cultural e turístico mais representativo da província de Almería, na Comunidade Autónoma da Andaluzia, em Espanha. A pintura original foi descoberta por Manuel Góngora y Martínez, na década de 1860, na "Cueva de los Letreros" ("Gruta dos Letreiros") situada no município de Vélez-Blanco, em Almería. Estima-se que a pintura date do Neolítico tardio ou da Idade do Cobre (há 4500 anos), com o nome "Indalo" a ter sido atribuído na década de 1940 como uma referência abreviada e honorífica a San Indalecio, o padroeiro da cidade. É, desde 1998, Património Mundial reconhecido pela UNESCO.
A FRONTEX tem as suas origens no regulamento n.º 2007/2004 do Conselho da União Europeia, de 26 de Outubro de 2004, criando uma Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia. Com o regulamento n.º 2016/1624, de 14 de Setembro de 2016, assume a designação de Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira. Com o n.º 2019/1896, de 13 de Novembro de 2019, é regulada a Guarda Europeia de Fronteiras e Costeira. A FRONTEX tem como actual director executivo, desde 1 de Março de 2023, Hans Leijtens, Tenente-General (Ref.) da "Koninklijke Marechaussee" da Holanda.




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