OPERAÇÃO "ÁGATA" NA AMAZÓNIA


Alto Solimões, Amazónia, Brasil
Maio de 2023

Navio-Patrulha Fluvial "Raposo Tavares" (número de amura P21) da Marinha do Brasil, durante a Operação "Ágata" na região de Alto Solimões, no estado brasileiro do Amazonas, na fronteira entre o Brasil, o Perú e a Colômbia, em meados de Maio de 2023.

O "Raposo Tavares" (P21) é um Navio-Patrulha Fluvial (NPaFlu) da classe pedro Teixeira, construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, ao serviço da Marinha do Brasil desde 17 de Dezembro de 1973. Tem uma guarnição de 56 elementos (podendo transportar uma força destacada de fuzileiros de 30 ou mais elementos), deslocando 900 toneladas, com 63,74 metros de comprimento, 8,45 metros de boca e 1,37 metros de calado. Propulsionado por 4 motores diesel MAN de 6 cilindros V6V16/18TLS consegue alcançar uma velocidade máxima de 16,4 nós (em cruzeiro, 13 nós), com um raio de acção de 5 000 milhas náuticas (cerca de 9 260 km). Está armado com 1 peça Bofors L/70 de 40mm; 2 peças Oerlikon Mk10 de 20 mm, em reparos simples, em cada ao topo da ponte de comando; 4 metralhadoras pesadas calibre 12,7mm; e 2 morteiros de 81mm. Está ainda equipado com convés de voo. onde tem afecto 1 helicóptero UH-12 "Esquilo" (AS350-BA "Écureuil")

Conta com 2 Lanchas de Acção Rápida (LAR) com capacidade para 12 operacionais, armadas com 2 metralhadoras em calibre 7.62 mm, nas laterais, e 1 metralhadora pesada calibre 12,7mm, à vante. As LAR são manobradas por uma grua de 6 toneladas na popa do navio, à retaguarda do convés de voo.

Na foto podemos observar, em plano mais próximo, uma destas lanchas, de 8 metros (26 pés), modelo Aruanã 26 FT da brasileira Gespi Defense Systems, em operação pelos fuzileiros do 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas. A segunda lancha ("Paikicés"), em plano mais afastado, do mesmo modelo mas sem metralhadora pesada na posição frontal, está afecta a uma unidade policial. Em ambas as LAR podemos observar o sensor electro óptico (visão térmica e visão nocturna), de cor branca, ao topo.

Sob comando do Vice-Almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo, envolvendo 1 320 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (Comando Conjunto Uiara), bem com forças da Polícia Civil e da Polícia Federal, e iniciada a 15 de Maio de 2023, a operação "Ágata" decorreu ao longo de 9 dias e levou à apreensão de 1,1 toneladas de estupefacientes e à destruição de 35 embarcações usadas em acções ilegais de extracção de minério. A operação "Ágata" faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) do Governo Federal brasileiro, realizando-se, anualmente, desde 2011.

Foto via Marinha do Brasil 

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