Futuro NRP Dom João II da Marinha Portuguesa em construção na Roménia recebe visita do Chefe do Estado-Maior da Armada

Galați, Roménia 

24 de Outubro de 2025

Com 17 dos 25 blocos de construção já instalados, o futuro NRP D. João II, Plataforma Naval Multifuncional (PNM) da Marinha Portuguesa, nos estaleiros do construtor naval Damen, em Galați, georreferenciação 45.44224159693057, 28.080632051515252 , no Danúbio, Roménia, a 24 de Outubro de 2025. Terminada a construção, com entrega projectada para o segundo semestre de 2026, seguirá, numa navegação ao longo de 160 km, até ao final do delta do Danúbio em Sulina, entrando no Mar Negro.

Foi aqui alvo de visita do Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante Jorge Nobre de Sousa, sendo ali acompanhado pelos representantes da empresa Damen, pelos responsáveis da coordenação e construção do futuro navio da Marinha, bem como pelos elementos da Equipa de Acompanhamento e Fiscalização (EAF-PNM) da Marinha Portuguesa, destacados nestas instalações nos termos do Despacho n.º 10909/2024, de 17 de Setembro, liderada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra EN-MEC Paulo Jorge Barbosa Rodrigues.

Depois de um primeiro concurso limitado (por prévia qualificação), lançado a 20 de Junho de 2022 pela Marinha Portuguesa, que, com um candidato qualificado, não teve apresentação de proposta, foi lançado um segundo procedimento concursal, n.º 8714/2023, publicado a 29 de Maio de 2023, bem sucedido, e cujo contrato foi assinado a 24 de Novembro de 2023. Trata-se de uma plataforma que representa um investimento, faseado, de 132 milhões de EUR - financiado em 94,5 milhões de EUR (71,6%) pelo Plano de Recuperação e Resiliência da União Europeia e em 37,5 milhões de EUR (28,4%) pelo Estado Português. A Damen Shipyards Group, que venceu este concurso, foi o construtor das fragatas NRP Bartolomeu Dias (F333) e NRP D. Francisco de Almeida (F334) actualmente ao serviço da Marinha Portuguesa.

Este navio, especialmente orientado à operação com "drones" aéreos, de superfície e sub-superfície, em missões de vigilância, investigação, auxílio e emergência, deslocará até 7 000 toneladas, com um comprimento de 100 metros, boca de 20 metros e calado de 5,5 metros. Terá uma guarnição de 48 elementos, transportando 42 investigadores ou outros especialistas. Em contexto de auxílio ou de emergência pode embarcar mais 100 a 200 pessoas. Terá uma velocidade máxima de 15 nós (em cruzeiro de 10 nós) e assume uma disponibilidade de 300 dias por ano, com 210 dias em missão.

Fotos em estaleiro via Marinha Portuguesa. Desenho técnico original via Direcção de Navios da Marinha Portuguesa.