NRP Viana do Castelo lança "drone" Puma 3 AE na costa de São Tomé
São Tomé e Príncipe
1 a 4 de Novembro de 2024Lançamento de uma aeronave não tripulada Puma 3 AE, de fabrico norte-americano, a partir do convés do navio patrulha oceânico da Marinha Portuguesa NRP Viana do Castelo, em São Tomé e Príncipe, no decurso da iniciativa "Mar Aberto", de 1 a 4 de Novembro de 2024. À esquerda do militar, na foto, podemos observar, à vante, a retaguarda da peça de 30 mm, MARLIN WS ("Modular Advanced Remotely controlled Lightweight Naval Weapon Station"). À direita na foto, de muralha amarela na linha de praia, podemos observar o Forte de São Sebastião, geo-referenciação 0.3460265227458943, 6.73945203885999 , ref. https://maps.app.goo.gl/iGehfai3PKaiio2v5 , que remonta originalmente a 1575, correspondendo à primeira edificação defensiva aqui construída por Portugal, e, desde 11 de Julho de 1976, o Museu Nacional de São Tomé e Príncipe.
O NRP Viana do Castelo chegou a São Tomé e Príncipe após uma passagem de 11 dias por Angola, de 19 a 29 de Outubro de 2024, onde atracou em Luanda (de 19 a 24), fundeou em Ambriz (24 a 25) e atracou no Lobito (26 a 29). São Tomé dista cerca de 990 milhas náuticas do Lobito (cerca de 1 500 km), a 3 dias de viagem a 14 nós.
O Puma 3 AE ("All Environment") é fabricado pela norte-americana AeroVironment (AV), sendo uma aeronave não tripulada, ligeira, à prova de água, desenhada para operações marítimas e terrestres, com um alcance de 20 km (até 60 km com módulo comunicações LRTA) e uma autonomia de 3 horas de operação, transportando um "payload" de reconhecimento com sistema electro-óptico com suporte infra-vermelho. Sustenta uma velocidade de 47 a 83 km/h (25 a 45 nós), com uma altitude operacional de 500 metros. Tem uma envergadura de asa de 2.8 metros, um comprimento de 1.4 metros e uma massa de 7 kgs. De lançamento manual (ou, opcionalmente, por catapulta) e com recuperação por aterragem "deep stall". Com mais de 1 milhar de unidades construídas da plataforma Puma (em diferentes versões e variantes), a mesma faz parte do equipamento, entre outras, das Forças Armadas dos EUA, da França, da Alemanha, da Holanda, da Noruega e da Ucrânia.
A "Iniciativa Mar Aberto" realiza-se com sucessivas missões, desde 2008, envolvendo a presença regular de meios navais da Marinha Portuguesa em acções de cooperação no domínio da defesa e da segurança marítima junto das nações parceiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e das Presenças Marítimas Coordenadas da União Europeia (PMC–UE), como especial foco na região da Costa Ocidental Africana e do Golfo da Guiné. Em 2023, o NRP "Arpão" (S161), submarino da classe "Tridente" da Marinha Portuguesa, sob comando do capitão-de-fragata Taveira Pinto, esteve 120 dias em missão no âmbito desta iniciativa.
Sob comando do Capitão-de-fragata Ricardo José Sá Granja, liderando uma guarnição de 57 elementos, esta navio patrulha oceânico conta nesta missão com uma equipa de segurança de Fuzileiros, uma equipa de mergulhadores sapadores e uma equipa operadora de sistemas aéreos não tripulados (vulgo "drones") que conta aqui com Puma 3 AE (AeroVison) e BVT516 - VTOne (BeyondVison). Tendo largado da Base Naval de Lisboa a 21 de Agosto de 2024, estará afecto a 4 meses de missão com visita planeada a 10 países, incluindo todos os de língua oficial portuguesa da costa ocidental africana.
O NRP "Viana do Castelo" (P360) desloca 1 750 toneladas, tem um comprimento de 83,10 metros, um boca de 12,95 metros e um calado de 3,82 metros. Consegue alcançar uma velocidade máxima de 21 nós, com um alcance de 4 859 milhas náuticas (a 15 nós). Está armado com uma peça Oto Melara Marlin-WS, de 30 mm, 2 metralhadoras pesadas Browning M2 e 2 metralhadoras médias MG3. Conta com uma guarnição base de 42 militares (6 oficiais, 9 sargentos, 27 praças). Conta com convés de voo com capacidade para receber um helicóptero Westland Lynx Mk95. A classe "Viana do Castelo" conta com 4 navios ao serviço (números de amura 360 a 363), construídos pela West Sea / Estaleiros Navais de Viana do Castelo, e classificados em duas séries.
Foto via Forças Armadas de Portugal
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