Embarcação de Alta Velocidade e Lancha de Fiscalização da Marinha Portuguesa em São Tomé


Baía de Ana Chaves, São Tomé e Príncipe
20 de Novembro de 2024

Embarcação de Alta Velocidade (EAV) "Príncipe" junto à Lancha de Fiscalização "Centauro" (à esquerda na foto), da Marinha Portuguesa, ancoradas na Baía de Ana Chaves, geo-referenciação 0.3440634978395827, 6.729422235587528 , ref. https://maps.app.goo.gl/jfzBLDvmsX6DDPjV6 , em São Tomé e Príncipe (STP), a 20 de Novembro de 2024, aquando da apresentação formal da estrutura da Cooperação no Domínio da Defesa (CDD) e do Enquadramento das Missões Portuguesas de Capacitação ao Embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe, Luís Miguel Leandro da Silva. A EAV "Príncipe" está aqui armada, sobre reparo junto à escotilha de vante, com uma metralhadora média MG3, em calibre 7.62×51mm NATO.
Na foto, à direita, podemos observar a lancha de patrulha "Arch Angel" (GC 002), de 13 metros e 16 toneladas, da Guarda Costeira de STP, cedida, em 2010, pelos EUA. Na foto, à esquerda, em segundo plano, podemos observar o edifício, em tons rosados, do Palácio Presidencial de STP, geo-referenciação 0.339149949947664, 6.733172686348076 , ref. https://maps.app.goo.gl/v9T7LUUfLNsBPrYo9 e, à direita deste, as duas torres, em tons de amarelo e com topos escuros, da Sé Catedral de Nossa Senhora da Graça de São Tomé.
A EAV "Príncipe" com um padrão de pintura de camuflagem naval geométrica disruptiva de 3 tons (cinza, preto, branco), tem 12,8 metros de comprimento (42 pés), 2,7 metros de boca, é propulsionada por 3 motores fora de bordo Yamaha, com 3 tanques de combustível (bombordo, avante e estibordo), capaz de uma velocidade máxima na ordem dos 50 nós, equipada com plataforma de navegação e radar GARMIN e com uma autonomia superior a 200 milhas náuticas (370 km). Esta embarcação resulta de um projecto de recuperação e reconversão de uma Embarcação de Alta Velocidade, desenvolvido pela Marinha Portuguesa e pela Autoridade Marítima Nacional, dotando-a de capacidade "offshore" e de autonomia na forma de interceptor marítimo.​ Esta lancha arrojou na praia das Bicas, em Sesimbra, a 12 de Março de 2022, com dois motores partidos, não tendo sido reclamada, dado, provavelmente, estar relacionada com actividades ilícitas.
A EAV "Príncipe" opera desde Abril de 2024 em permanência na Ilha do Príncipe, com uma guarnição mista de 6 militares Fuzileiros da Marinha Portuguesa e de 4 operacionais da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, podendo percorrer a distância de 150 quilómetros que separa o Príncipe de S. Tomé em menos de 2 horas. Está acompanhada nesta projecção de forças da Marinha Portuguesa pelo NRP Centauro (P1155), lancha de fiscalização da classe do mesmo nome, sob comando actual do Primeiro-tenente Adriano Nuno Pereira da Silva, também com uma guarnição mista (e a operar neste Teatro de Operação desde 7de Maio de 2023).
O NRP Centauro (P1155) é o primeiro dos quatro navios construídos e activos da classe Centauro de lanchas de fiscalização, ao serviço da Marinha Portuguesa desde 27 de Março de 2001. Com um comprimento de 27 metros, uma boca de 5,9m, um calado de 2,8m, e deslocando 94 toneladas, é propulsionada por 2 motores Cummins KTA-50-M2 de 1 800hp cada, que lhe permitem uma velocidade máxima de 26 nós com uma autonomia de 1 350 milhas (cerca de 2 500 km), a 15 nós. Com uma guarnição base de 1 oficial, 1 sargento e 6 praças, está armada, à vante, com uma peça Oerlikon de 20mm, e com 2 metralhadoras pesadas Browning, em calibre 12.7×99mm NATO (.50 BMG), sobre os bordos do convés superior logo à retaguarda da ponte de comando. Conta ainda com 2 metralhadoras médias MG3, calibre 7.62×51mm NATO. A guarnição está aqui reforçada com uma força do Corpo de Fuzileiros da Marinha Portuguesa e opera em regime misto com elementos da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe.
As missões a desempenhar por estes dois meios navais e respectivas guarnições da Marinha Portuguesa, no âmbito da Missão de Capacitação da Guarda Costeira de STP, inserida no quadro da Cooperação no Domínio da Defesa entre Portugal e STP, compreendem o combate à pirataria, à pesca ilegal não declarada e não regulamentada, ao narcotráfico e contrabando, na salvaguarda da vida humana no mar e no apoio logístico às populações, nomeadamente à Ilha do Príncipe.
Foto via Forças Armadas de Portugal

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