Navio de investigação "Almirante Maximiano" da Marinha do Brasil e respectivo helicóptero "Esquilo"
Atlântico Sul 17 de Outubro de 2011
Vista em aproximação ao convés de voo do Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano (H-41) da Marinha do Brasil, alcunhado de "Tio Max", a partir do "cockpit" de helicóptero Helibrás UH-13 "Esquilo", a 17 de Outubro de 2011, no Atlântico Sul, no decurso da 30.ª edição da Operação Antártica (OPERANTAR XXX).
Esta edição decorreu de 9 de Outubro de 2011 a 30 de Abril de 2012, com a participação conjunta do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Ary Rongel (H-44), prestando apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e desenvolvendo diversas acções de pesquisa e estudo científico. A OPERANTAR designa a Operação Antártica do Programa Antárctico Brasileiro (PROANTAR), iniciada pela Marinha do Brasil em 1982-83, com calendarização anual e decorrendo actualmente a sua 43.ª edição (OPERANTAR XLIII), iniciada a 6 de Outubro de 2024 e com 6 meses de duração até Abril de 2025.
Variante de produção local licenciada do Eurocopter AS355 "Écureuil 2", o Helibrás UH-13 "Esquilo", designado coloquialmente por "Esquilo Biturbina", corresponde ao helicóptero então organicamente afecto a este navio, destacado a partir de uma das 10 unidades desta aeronave da frota da Marinha do Brasil (N-7059 a N-7068). Os UH-13 foram substituídos pelo UH-17, designação local do Eurocopter H135 T3, com 3 unidades entregues ao Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), Esquadrão Águia, entre 2020 e 2021. Tiveram a sua estreia operacional em voo Antárctico a 25 de Novembro de 2020, no contexto da OPERANTAR XXXIX, que decorreu de 28 de Outubro de 2020 a 5 de Abril de 2021.
O Navio Polar Almirante Maximiano foi lançado à água em 13 de Fevereiro de 1974 pelos estaleiros da Todd Pacific (Seattle, Washington, EUA) como navio de apoio e, em 1988, convertido para pesqueiro nos estaleiros de Aukra (Noruega). Foi adquirido, em 2008, pela Marinha do Brasil à empresa russa ASK Subsea/Isis Viking Ltd, quando decorria no estaleiro BREDO (Bremerhaven, Alemanha), a sua conversão para navio de apoio a plataformas para emprego no Mar Báltico. Neste mesmo estaleiro alemão seria então modificado para os requisitos da Marinha Brasileira para operação em ambiente antárctico em missões de investigação científica, compreendendo, entre outros, hangar e convés de voo, e suporte para laboratórios secos e molhados.
Comissionado pela Marinha do Brasil a 3 de Fevereiro de 2009, desloca 5 450 toneladas, com 93,4 metros de comprimento, 13,4 metros de boca e 6,2 metros de calado. Sustenta uma velocidade máxima de 13 nós com uma autonomia de 37 000 km e 90 dias, suportando até 49 elementos a bordo.
Foto via Marinha do Brasil
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