Frota de A-29 "Super Tucano" da Força Aérea dos Estados Unidos afecta à "412th Test Wing"
Califórnia, Estados Unidos da América (EUA)
18 de Julho de 2024
Aeronave A-29 "Super Tucano" (20-2102) da Força Aérea dos Estados Unidos, com pintura honorífica próxima da usada, durante a 2.ª Guerra Mundial, pelos P-51 "Mustang" e P-47 "Thunderbolt", a aterrar na Base Aérea de Edwards ("412th Test Wing" e Escola de Pilotos de Teste), geo-referenciação 34.92276892756438, -117.88212338844131 , ref. https://maps.app.goo.gl/zrqRZjre3Jow28mv5 , no Estado da Califórnia (CA), EUA, a 18 de Julho de 2024. Em segundo plano, à direita na primeira foto, um dos F-16 afectos a esta mesma unidade.
Pilotado por Dave Evans, um dos instrutores da Escola de Pilotos de Teste, este "Super Tucano" integrou aqui a formação das 3 unidades desta aeronave detidas pelos EUA (20-2101, 20-2102 e 20-2103) e que executaram neste dia um voo de "ferry", partindo da Base Aérea de Davis-Monthan (Tucson, Arizona) e com passagem, percorridos 515 km, pelo Aeroporto Regional Jacqueline Cochran (Thermal, CA), e alcançado por fim, a 215 km a Noroeste deste, a Base Aérea de Andrews, no deserto californiano do Mojave.
Adquiridos originalmente no contexto do Comando de Operações Especiais da Força Aérea dos Estados Unidos (AFSOC), e destinados ao contexto das missões de capacitação de parceiros internacionais (via "Combat Aviation Advisor", CAA), foram entregues em 2022-2023 a partir da linha de montagem da Sierra Nevada Corporation (EUA), associada da Embraer. Juntam-se agora à "412th Test Wing", com os F-16 e T-38 aí usados, e onde se desenvolvem testes e avaliação desde padrões e manobras de voo, novos aviónicos e novos sistemas de armas. O "Air Force Test Center" (AFTC) atribui aos A-29, neste contexto, missões de teste de sistemas de armas, de sensores electro-ópticos e de "datalinks".
Desenhado e produzido pela brasileira Embraer, ao serviço desde 2003 e com mais de 260 unidades entregues, o A-29 "Super Tucano" é uma aeronave bilugar (com variante monolugar) de ataque ligeiro e instrução, com 11,38 metros de comprimento, uma envergadura de asa de 11,13 metros, com um peso em vazio de 3,2 toneladas e um peso máximo à descolagem de 5,4 toneladas. Propulsionado por um motor Pratt & Whitney Canada PT6A-68C, de 1 604 hp, sustenta uma velocidade máxima de 590 km/h (em cruzeiro de 520 km/h) com um alcance operacional de 1 330 km (ou 550 km em combate) e de até 2 855 km em trânsito (com depósitos suplementares).
Armado com duas metralhadoras pesadas calibre 12.7mm (uma em cada asa, com 250 munições cada), pode receber um canhão de 20mm em "pod" sob a fuselagem, e, no total de 5 de pontos de fixação, receber diferentes combinações de foguetes, bombas (guiadas) e mísseis. Pode receber diferentes conjuntos de equipamento de auto-protecção, sensores electro-ópticos, plataformas de navegação e comunicação. A variante A-29N (NATO) incorpora a arquitectura de comunicações, sensores e sistemas digitais dos standard NATO para garantir a sua operação com as diferentes plataformas de instrução e operação - compreendendo as equipas operacionais de controlo aéreo táctico ("Joint Terminal Attack Controller", JTAC).
No seu histórico em contexto de combate o "Super Tucano" foi usado, entre outros, desde 2008 pela Força Aérea da Colômbia em diversas missões de reconhecimento armado e ataque ao solo com bombas guiadas contra objectivos das FARC ("Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia"); desde Abril de 2021 pela Força Aérea da Nigéria em reconhecimento armado e ataques ao solo, no contexto continuado da Operação "Hadin Kai", na sua luta contra o movimento extremista Boko Haram; bem como pela Força Aérea do Brasil, no contexto da Amazónia, na luta contra o crime organizado, compreendendo intercepção de aeronaves envolvidas en operações de narco-tráfico e o reconhecimento armado e ataque ao solo com bombas para a destruição de pistas ilegais envolvidas em operações ilegais de extracção de ouro.
Fotos editadas por "Espada & Escudo" a partir de vídeo por Blaine Torres | Força Aérea dos Estados Unidos
Vídeo por Blaine Torres | Força Aérea dos Estados Unidos
Comentários