MÍSSIL DE CRUZEIRO RUSSO


Outubro de 2018
Ukrainka, Amur, Federação Russa

Míssil de de cruzeiro Kh-101 a ser colocado num dos oito pontos exteriores de fixação de um bombardeiro quadrimotor a hélice Tupolev Tu-95 MS (designação NATO, "Bear-H"), das Forças Armadas da Federação Russa, em Outubro de 2018, na Base Aérea de Ukrainka (geo-referenciação 51.15625413885378, 128.47527917672718) na região administrativa de Amur. Este míssil foi usado em combate pela primeira vez, também a partir de um Tu-95 MS, em Novembro de 2015, no Teatro de Operação da Síria, em bombardeamentos nas províncias de Raqqa e Deir ez-Zor. O Kh-101 foi referenciado, por fontes abertas de informação, como o meio usado no bombardeamento, a 26 de Junho de 2022, sobre Shevchenkivs'kyi (geo-referenciação 50.46237, 30.4873), na região administrativa de Kyiv, na Ucrânia.

O míssil Kh-101 ("X-101", designação NATO "AS-23 Kodiak"), ao serviço da Federação Russa desde 2012, tem 7,45 metros de comprimento, com uma envergadura de asa de 3 metros (quando em voo autónomo após lançamento), tem uma massa total de 2 200 a 2 400 kg, transportando uma ogiva de 400 a 450 kg. Tem um alcance de 3 000 a 5 000 km e uma precisão CEP ("Circular Error Probable") de 10 a 20 metros. Trata-se de um míssil de cruzeiro, dotado de características furtivas, lançado a partir de aeronaves, propulsionado por um motor turbo-hélice TRDD-50A, com uma velocidade máxima de Mach 0,78 (Mach 0,57 a 0,59 em cruzeiro), com perfil de voo variável e ajustável entre os 30 e os 10 000 metros (6 000 metros em cruzeiro), guiado por sensores electro-ópticos, de inércia e de televisão. O Kh-102 corresponde à variante nuclear do Kh-101.

A variante MS/M do Tu-95 corresponde a uma modernização deste bombardeiro, que tem um desenho original da década de 1950, com a melhoria da propulsão, um novo sistema de radar, a inclusão de sistemas de navegação computorizados, sistemas de controlo integrado e suporte de 4 pontos de fixação duplos em cada asa onde o Kh-101 pode ser equipado. A segunda fase desta modernização, correspondente à variante MSM, iniciou-se em 2018-2019, teve a primeira unidade a entrar ao serviço em 2020, e visa garantir um perfil operacional até à década de 2040.

Foto via vídeo do Ministério da Defesa da Federação Russa | "Министерство обороны Российской Федерации" 

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