"LOBO DO MAR" EM EXERCÍCIO NOS AÇORES
Ilha Terceira, Açores
28 de Julho de 2021Uma aeronave Lockheed P-3C CUP+ Orion, matrícula 14810, afecta à Esquadra 601 - "Lobos" da Força Aérea Portuguesa (FAP), em operação no decurso da edição de 2021 do exercício de busca e salvamento "ASAREX" ("Advanced Search and Rescue Exercise"), que decorreu sob a égide da Força Aérea Portuguesa (FAP), de 26 a 30 de Julho de 2021, a partir da Base Aérea N.º 4 (BA4), nas Lajes, Ilha Terceira, na Região Autónoma dos Açores.
O Lockheed P-3C CUP+ Orion é uma aeronave de Luta Anti-Submarina (ASW), Luta Anti-Superfície (ASuW) e Busca e Salvamento (SAR), tripulada por 11 elementos, com um peso máximo à descolagem de 64,4 toneladas, com 35,6 metros de comprimento, uma altura de 10,3 metros e uma envergadura de 30,4 metros. Propulsionada por quatro motores ALLISON T56-A-14 (com 4 600 hp cada), consegue uma velocidade máxima de 760 km/h, com um tecto de 8 900 metros de altitude, e com uma raio de acção de 3 830 km. O "Orion" pode receber, nos suportes internos e externos, até 9 toneladas de equipamento e armamento (compreendendo torpedos, cargas de profundidade, mísseis, sonobóias, etc)
A FAP adquiriu originalmente, em Setembro de 2010, um conjunto de cinco aeronaves P3-C Orion à Holanda (matrículas 14807 a 14811), que submeteu à modernização ("Capability Upkeep Program", CUP) para a variante P-3C CUP+ . Entre outros melhorias, esta variante compreende um sistema de autoprotecção MLWS ("Missile and Laser Warning System"), que assegura a detecção de ameaças e actuação de contra-medidas, bem como sensores e sistemas de comando e controlo integrados e modernizados.
Na foto destaca-se, além da "bomb bay" aberta (com um "raft" de salvamento para possível lançamento), o detalhe na secção traseira da fuselagem, dos 52 compartimentos verticais (4 de carregamento interno e 48 de carregamento externo) que armazenam e projectam as sonobóias, orientadas à captação de sinais de submarinos. De notar ainda a característica sonda MAD ("Magnetic Anomaly Detector", Detector de Anomalias Magnéticas), em prolongamento na linha da fuselagem além da cauda, destinada a idenficar com precisão a localização de um submarino. A sonda está colocada no extremo de um estrutura de fibra de vidro, mais afastada da fuselagem, para assim mitigar a interferência electro-magnética.
Foto por Primeiro-Sargento Manuel Cascalheira | FAP
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