BALÕES ANTI-AÉREOS


Reino-Unido
1917

Um dos primeiros equipamentos anti-aéreos da história, coincidente, naturalmente, com os primeiros anos da aviação militar de combate, no decurso da 1.ª Guerra Mundial (1914-1918), foram as barragens de balões. A primeira implementação teve lugar em 1917, na Grã-Bretanha, como medida contra as operações sobre Londres por parte dos bombardeiros bimotores Gotha G.V da "Luftstreitkräfte", a Força Aérea Alemã.

Os balões eram colocados numa formação tripla, com 3 balões ligados entre si por cabos de aço de 460 metros de comprimento, a uma altitude de 2 150 a 3 000 metros. Estas formações eram designadas por "aprons", literalmente "aventais", numa referência ao conjunto de cabos deles pendentes que barravam a passagem de uma aeronave - como um "avental" a proteger o objectivo.

Este efeito de "avental" acabou por funcionar como um (importante) dissuasor e, ainda que não existindo registo de alguma aeronave "abatida", forçava as mesmas a voar (muito) mais alto do que o operacionalmente desejado, e próximas mesmo do seu limite efectivo (4 000 metros), degradando, em muito, a precisão da sua acção de bombardeamento.

No decurso da 1.ª Guerra Mundial estas mesmas barragens de balões, tal como diversas soluções e plataformas de balões de observação, foram usadas pela França, pela Alemanha, pela Itália e pelo Reino Unido. Posteriormente, no decurso da 2.a Guerra Mundial (1939-1945), as barragens de balões seriam usadas de forma alargada, em plataformas terrestres e navais, e com evolução para soluções compreendendo inclusive cargas explosivas nos cabos pendentes. Em 1940 estariam cerca de 500 balões de barragem afectos à protecção de Londres, existindo registos que apontam para 231 mísseis V-1 ("Vergeltungswaffe-1") terem sido destruídos pelos mesmos.

Foto por Henry Guttmann

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