Kawasaki P-1 japoneses junto ao Monte Kaimon no Sudoeste do Japão


Monte Kaimon, Península de Satsuma, Japão
10 de Janeiro de 2025

Aeronaves quadrimotores de patrulha marítima multi-propósito Kawasaki P-1, matrículas 5527 e 5514, afectas à Força Marítima de Autodefesa do Japão ("Japan Maritime Self-Defense Force", JMSDF; "海上自衛隊"), a operarem a partir da Base Aérea de Atsugi (ICAO: RJTA), em passagem, a 10 de Janeiro de 2025, junto ao Monte Kaimon ("Kaimondake", "開聞岳"), geo-referenciação 31.180000, 130.528333 , ref. https://maps.app.goo.gl/3GJfTv6XfRt7Y2Z1A .

Este vulcão, com 924 metros de altitude, é referido por vezes como "o Monte Fuji de Satsuma", numa referência entre a península em que se situa e icónico Monte Fuji ("Fujisan", "富士山"), o ponto mais elevado do Japão, um vulcão com 3 776 metros. A Península de Satsuma ("薩摩半島") dista cerca de 850 km de Shangai ("上海市"), na China, a Oeste; e cerca de 1 100 km de Taipé ("臺北"), em Taiwan, a Sudoeste.
Com 34 unidades produzidas (incluindo 2 protótipos) pela Kawasaki Heavy Industries, com o seu primeiro voo a 28 de Setembro de 2007 e ao serviço das Forças de Auto-Defesa do Japão desde 29 de Março de 2013, o P-1 é o sucessor nipónico do norte-americano P-3C. Com um comprimento de 38 metros, uma envergadura de asa de 35,4 metros, tem um peso máximo à descolagem de 79 700 kg. Propulsionado por 4 motores F7-IHI-10, consegue uma velocidade máxima de 996 km/h (em cruzeiro de 833 km/h) com um alcance operacional de 8 000 km e tecto de altitude máximo de 13 520 metros.
O P-1 é uma aeronave multi-propósito, podendo desempenhar missões em contexto de Luta Anti-Submarina (ASW), Luta Anti-Superfície (ASuW) e Busca e Salvamento (SAR), tripulada por 11 elementos (3 afectos ao contexto de pilotagem e 8 ao contexto específico de missão), pode receber, nos suportes internos e externos, até 9 toneladas de equipamento e armamento (compreendendo torpedos, cargas de profundidade, mísseis, sonobóias, etc).
De notar a característica sonda MAD ("Magnetic Anomaly Detector", Detector de Anomalias Magnéticas), HSQ-102, em prolongamento na linha da fuselagem além da cauda, destinada a idenficar com precisão a localização de submarinos. A sonda está colocada no extremo de um estrutura de fibra de vidro, mais afastada da fuselagem, para assim mitigar a interferência electro-magnética. Protuberante no topo da fuselagem, logo à retaguarda do "cockpit" temos o HLR-109B ESM ("Electronic Support Measures"), para recolha e processamento de sinais electro-magnéticos (ameaças, comunicações, etc).
Na secção inferior da fuselagem, logo após o nariz, temos a torre do electro-óptico Fujitsu HAQ-2 (FLIR, "Forward Looking InfraRed") compreendendo camara com operação de visão nocturna. Na lateral da fuselagem logo acima deste, com secção rectangular, temos o radar HPS-106. Está ainda equipado com plataforma de auto-defesa HLQ-4 para detecção automatizada de ameaças anti-aéreas e resposta às mesmas com lançamento de engodos ("flares" / "chaff").
Foto via JMSDF

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